sábado, 26 de abril de 2025

#278 – Bar do Valdeco – 27/03/2025

Presentes: Adolfo, Bráulio, Cid, Cabeça, Tanaka
Sugestão: Tanaka
Quando lá, comer: bolinho de carne

O Valdeco não tem como perder de vista, em plena rápida do Portão sentido Portão, na altura da Vila Izabel, três quadras depois do Angeloni e duas depois do Boulevard, na esquina do lado esquerdo. Placa nova caprichada, mesas de prástico e toldos novos, todos vermelhos, uma cortesia da Brahma. Será cortesia mesmo, ou paga-se um valor ínfimo? Ali a estação tubo é Dom Pedro I. Moleza chegar ali hein.

Plena rápida!

O Valdeco tem jeitão de ser um bar milenar, estilo armazém antigo assim. Balcão de fórmica, vitrine para produtos ocupada por pôster de cerveja. Coifa em cima de fogão reformado. Caixas de cerveja, engradados de latas de Brahma, mesas e cadeiras, tudo empilhado pelos cantos. Mesas padronizadas de prástico da Brahma em todo o boteco. Até as paredes foram pintadas de vermelho pra combinar com os “móveis”, um clima renovado e refrescante, apesar da fritura lá dentro e do cigarro lá fora. Nas paredes, propaganda política e pôster de bebida somente, climão de interior. O Valdeco é o cara de boné e avental que atende a todos com a mulher (que não sei se é “sua”, mas parece), e aparenta muito jovem para o ambiente que comanda. É meio raro ele ir ali fora pegar pedidos, então você pede alguma comida no balcão pela primeira vez, e quando ele for levar você pede a próxima comida, e assim por diante. Perdeu a viagem vai ter que ir lá dentro pedir. A comida pode dar uma demorada, não prestei atenção se tinha outras pessoas além do Valdeco e a mulher, e o próprio Valdeco faz os espetinhos numa churrasqueira portátil que ocupa parte da entrada do estabelecimento.

Lá fora, também conhecido como ambiente principal
Posto avançado de atendimento
Se chover, tem espaço
Equipamento tecnológico para cocção

Cardápio obviamente não tem, é daqueles lugares que o próprio dono tenta puxar da memória o que tem quando você pergunta. E é claro que sem foto do cardápio eu ia esquecer, então eu anotei o que consumimos. Vou te dizer que foi legal a comida, frango a passarinho OK, batata OK. O bolinho de carne foi o melhor da noite, carne de verdade, apesar daquela capa escura dizendo “óleo de fritura velho”. Os espetinhos que demoravam um pouco a serem feitos na hora estavam bons também, xixo, coração, alcatra. Não tinha pão de alho nem queijo coalho, fizeram falta. Nada muito complexo assim, pouca variedade, mas satisfez. De bebes, cervejas convencionais e uma pequena prateleira dupla envidraçada de biritas de boteco de baixo escalão. Mas os preferidos da galera estavam lá, Cynar, Campari, e um raro presente Fogo Paulista. OK, essa galera que tou falando sou eu. A turma tomou Original e gasosa de abacaxi, mais um ponto positivo. Preços bem joinha.

Botecada hein

Chegamos ali, mesas todas vazias, sossego apesar do movimento da rápida. Qual o primeiro lugar a escolher pra ficar? O balcão, claro, interagir com o nativo que está sempre ali, apesar de conhecer inúmeras referências obscuras de boteco de gosto duvidoso por toda a cidade. Caboco firmeza. Adolfo muito saudável chegou de bicicleta, se integrando à troca de ideias. Meia hora depois, havíamos perdido a mesa que estávamos envisionando lá fora embaixo do toldo, mas tudo bem, a mesa lá fora ao lado tinha uma boa estrutura para pendurarmos a gloriosa bandeira da Confraria. Batemos papo e tal, ocupamos bem o Valdeco de pedidos naquela noite, ele sempre muito contido, personalidade reservada e trabalhadora. Rafael, meu amigo do trabalho, veio nos visitar e ouvir as besteiras que a galera já embriagada cuspia sem dó. Coragem. 22h era o horário que o boteco fechava no gúgou maps, e o Valdeco veio dizer que não ia cozinhar mais, mas que tinha os salgadinhos de pacote: isopor sabor bacon e isopor sabor bacon coberto de sabor cheddar, coisa estranha, consumida sem muito respeito às regras da boa gastronomia. E fomos ficando ali até tipo meia noite, ponto em que a rápida não era mais tão rápida, mas os nativos no boteco continuavam firmes, assim como o Valdeco, sempre contido, mas acostumado com aquela baderna. Botecada top. Fim.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

#277 – Cana Brava Bar – 13/03/2025

Presentes: Adolfo, Bráulio, Cid, Cabeça, Tanaka
Sugestão: Cid
Quando lá, comer: tilápia tava OK

O Cana Brava Bar, quem sabe você já tenha visto, fica num lugar bem movimentado. É a famosa rápida do Portão sentido centro, que eu não tinha noção que também tem seis nomes diferentes. Urbanistas, por que dificultam tanto nossas vidas? Ou eu devia botar a culpa em vereadores? Anyway, sendo politicamente neutro aqui, ali a rua se chama Francisco Raitani, e o bar fica numa das principais veias que chegam ali que se chama... Prof. João Mazzarotto. Opa. Será que era meu professor de gramática do ensino médio? Espero que sim, ele era muito bom, merece uma homenagem. Ahhhnnn não, retiro o que disse e reitero o que sempre digo, que todas as ruas deviam ser chamadas por números, rua quatro, rua trinta e dois, parem de complicar nossa vida. Se você dissesse que ali é cruzamento da Rua Brasília com a Guilherme Pugsley, eu acreditava, é tudo o mesmo formato. Mas nem estamos no Portão, apesar da rápida ser do Portão. Ali é Capão Raso, umas quatro quadras antes do terminal do Capão Raso, e bem na altura da Igreja São José que você só enxerga estando na República Argentina. Ah, ali também é bem na altura do Pão de Alho do Karioca que fomos outro dia, pode ser usado como referência. O nome da estação tubo é Pedro Gusso, não bebam e dirijam rapazes.

O boteco já fechado, perto da rápida...

O Cana Brava Bar é um botecão bem simplêra, mas não chega a ser de villa. Bom, fica próximo a uma villa, os costumes são villeiros, mas o boteco é espaçoso, as mesas de madeira são decentes, parece novo. Bom, algumas paredes não tão totalmente pintadas assim, vamos botar o dinheiro onde dá retorno né? Possui um deque externo com mesas de prástico vermelhas da Brahma pra atrair os véio da rua, é coberto legal mas tem o movimento e o barulho da rápida. Lá dentro, um amplo salão com as mesas de madeira supracitadas, uma mesa de sinuca já meio estropiada, acho que compraram usada, e uma churrasqueira que o atendente falou que é de uso livre, só levar a carne e carvão. Quase nada de decoração e iluminação, quem precisa de conforto e essas baboseiras quando você tem álcool? No começo tava rolando sertanejo da pior qualidade, depois melhorou o ambiente quando a caixa de som falhou. As comidas não chegaram a demorar demais, mas demoraram um pouco. Atendente ao alcance dum grito e ambiente sossegado, as necessidades básicas de um boteco.

Esqueci da foto lá fora. Aí é o intermediário
Salão principal ali
Sandubas
Pratos e porções
Bebes
Bebes, visão didática 

Olha, vou dizer que as consumas não foram das melhores comparando com história recente. A tilápia foi a coisa mais legal que comemos, suculenta boa. Você venceu, batatas fritas OK, aipim OK. Frango passarinho meio meh, gorduras e cartilagens. Calabresa gordurenta. O pior foi o bolinho de carne, que era menos da metade carne e mais da metade bolinho – sabe aquela massa de fritura? Sei lá, algum volume pra preencher. De biritas, cervejas convencionais e uma variedade legal de biritas de boteco de baixo calão. Caipirinha só de limão, suco só laranja e limão, melhor não se atrair pelo cardápio não encontramos outros sabores disponíveis. O preço foi adequado ao consumido, não vou falar que tava caro por não ter gostado não.
 
Botequeiros

É isso véi, botecão do Capão Raso. Chegamos com chuva torrencial, trânsito desgraçado, e por isso escolhemos não sentar no deque lá fora que deve ser top no calor. O ambiente é joinha, mas o sertanejo dá uma depressão. Uma hora deu um estouro e um longo chiado, o Tanaka foi lá com seu quase um metro e noventa desligar a caixa de som, olhe que melhoria. Batemo papo, um certo mau humor na mesa, insatisfação com as consumas, mas o ser humano se adapta, principalmente quando álcool está presente. Tanto que ficamos papeando, comemos mais umas batatas e tomamos mais umas... o povo foi se mandando. Depois foi a vez dos atendentes às 23h. Sobrou um cara que quem sabe fosse o dono, quem sabe o chefe da turma, e ele muito educadamente falou “desculpa galera, o bar tá fechando” às 23h20, aceitamos, pagamos, atualizamos o horário de fechamento no gúgou maps e se mandamos. Mais um bar por nós fechado, riscado no caderninho (broguinho). Assim, veredito? É muito longe, não fomos muito fãs, mas se esse grau de boteco é a pira de vocês, by all means.

domingo, 23 de março de 2025

#276 – Vem de Malte – 27/02/2025

Presentes: Adolfo, Bráulio, Cid, Cabeça
Sugestão: Cid
Quando lá, comer: dadinho de tapioca

O Vem de Malte fica na Manoel Ribas, ocupando o lugar do extinto Macondo (clique aqui pois) ao lado do quase extinto Mr Hoppy na esquina. A esquina que você procura é da Tapajós, então é bem mais pras bandas do centro que pras bandas de Santa Felicidade. A Tapajós surge ali onde a Visconde de Nácar surge no sentido contrário, bem no começo da Padre Agostinho ali, então é ali, OK? Susse de andar da estação tubo Visconde de Nácar se você quiser, assim como é uma pernada do Largo da Ordem se ele tiver muito cheio.

A rua é movimentada e a portinha é pequena

O Vem de Malte é um barzinho muito simpático e muito reduzido, pouquíssimas mesas. No ambiente interno cabem 8 pessoas, mais umas três se quiserem se esfregar nas outras sentando no sofazinho. Do lado de fora, sentam 7 ou 8. Bar lotado com 15 pessoas! Quando chega o sábado, é natural que o povo fique em pé na calçada, criando aquela cena que afasta os véio. Ora, os véio que visitem durante a semana então, ficam de varde e só reclamam... A iluminação é bonitinha, frase de efeito em neon, instrumentos de guitar hero discretamente colocados, quadro de foto polaróide, decoração de vegano geração Z, tudo simples e agradável. Atendentes simpáticos, e a comida não demora muito, pelo menos em dias vazios.

É isso o bar só
Uma multidão se aglomera na calçada!
Comes
Bebes

O cardápio é enxuto, mesmo porque não faz sentido ser extenso com a lotação que tem. Estávamos em 4 peão e comemos basicamente tudo, porque as porções são bem pequenas. O dadinho de tapioca é bem bom, e o frango também vale a pena. O bolinho de carne parece ser melhor no cardápio do que na vida real. Sanduíches também bons, destaque pro de pernil. Pra beber, uma grande variedade de drinks, confirmando a vocação de beber em pé do recinto. Os drinks clássicos são bem bons, bem feitos; eu achei as misturas dos drinks alternativos meia boca, mas gosto é gosto. Tinha chopp e umas latinhas de cervejas mais caprichadas na geladeira. O preço não é absurdo não, porque como as porções são pequenas, por mais que você peça mais porções a fome vai indo embora com o tempo.

Os cara, chillin'

Nesta quinta-feira o barzinho estava muito tranquilo, e chegando cedo, escolhi uma mesa do lado de fora e ficamos lá sossegados olhando o movimento e bebericando até quase virar o dia. Papo também muito tranquilo, as polêmicas expostas tiveram discussões civilizadas, pessoal tava manso. Durante nossa estadia só apareceu mais um caboclo de cliente, teve uma troca de turno dos atendentes, nada que nos afetasse. Então é essa a lembrança que ficou: sossego numa quinta-feira, e nossa recomendação.

quarta-feira, 5 de março de 2025

#275 – Bar São Judas Tadeu – 13/02/2025

Presentes: Adriano, Cid, Pedro-san, Tanaka
Sugestão: Cabeça
Quando lá, comer: não

O Bar São Judas Tadeu, olha esse nome, fica no Boa Vista, na semi-rápida que cruza o bairro de ponta a ponta – rua Nossa Senhora de Nazaré. Esta rua fica umas 5 quadras de distância da rua Jovino do Rosário que é a rápida principal do Cabral sentido centro, com o péssimo hábito brasileiro de ter sete, oito nomes ao longo de seu percurso. Supondo que você está vindo do centro, então indo no sentido Santa Cândida partindo lá da rua Holanda, você anda uns 3 km e passa pelo colégio estadual Ermelino de Leão do lado esquerdo, na frente do qual tem uma travessia elevada. O botecão fica do lado direito, logo depois desta travessia. Não tem placa na frente e não é assim... muito civilizado.

Botecasso sem placa... é villerage

Este Bar é algo diferente neste site... não tem uma avaliação completa de ambiente e comida, tem uma história. Tanaka foi o primeiro a chegar no estabelecimento, logo sendo acompanhado pelo Adolfo. Ambos se alocaram numa mesa na metade da frente do bar. A mesa de plástico da Brahma tinha um... líquido vermelho estranho, mas parecia molho, o Tanaka me prometeu. Chegou um tiozinho simpático para “limpar” a mesa, realmente ele era firmeza, mas o pano parecia ser usado para limpar graxa e suor de oficina, então vamos dizer que a mesa não ficou muito asséptica. O detalhe é que o tiozinho tava bem estropiado, sabe quando o cara fuma tanto que a barba e as unhas ficam amareladas? Fora isso, ele tinha uma mancha imensa de sangue na testa do lado esquerdo, já seca. Adolfo falou que ele tinha brigado, pra mim estava na cara que ele tinha sido atropelado no dia anterior. Enfim, o salão em que estávamos tinha uma gaiola no canto com um canário pulando de um lado pra outro, então com o conhecimento das minas de carvão que o pássaro é o primeiro a morrer, nos certificamos que o lugar era minimamente seguro para sobrevivência humana e ficamos tranquilos.

O espaço da frente...
O espaço de trás

Como é de se esperar desse tipo de boteco das camadas mais distantes, ao ser questionado se havia comida, o veinho disse que achava que ainda tinha bolinho de carne – e realmente, havia três (3) unidades. Neste momento o Adriano chegou, e assumiu um dos bolinhos. Eu confesso que fiquei com medo de passar mal e recusei, peço desculpas se o dono do boteco toma cuidado com limpeza, mas não aparenta de forma alguma. Adolfo e Tanaka comeram os bolinhos remanescentes aquecidos no microondas, que segundo o Tanaka, “Está fresco. Foi feito no máximo ontem”. Adriano e Tanaka não são parâmetro para resistência corporal, pois Adriano é morador de fazenda e Tanaka passou uma semana na Índia e não teve problemas alimentares. Resta o Adolfo contar se passou bem naquela noite.

A turma tomou uma cerveja convencional, não lembro qual era a marca, e o Adriano foi pegar um Cynar pra mim, que custou a bagatela de dois (2) reais. Isto é um recorde de preço baixo, lucros ínfimos sobre o preço de custo, mas para economizar 3 pila ser um motivo pra escolher um boteco, acho que você precisa buscar atitudes mais saudáveis. A conta resultou num total de 38 reais, no momento que chegamos a um consenso que o boteco não atenderia às nossas necessidades alimentares.

Olha os aventureiros

Eu confesso que fiquei com vergonha de entrar mais fundo no bar e tirar mais fotos, porque apesar da mesa de sinuca e do “atraente” balcão, o pessoal olhava meio torto pra nós, certamente imaginando o que aqueles jovens forasteiros tavam fazendo ali atrapalhando os rituais alcoólicos diários. Não fomos diretamente maltratados, então não quero deixar um tom de reclamação aqui, mas não deixo este estabelecimento como recomendação da Confraria. Saímos dali e fomos no Bar do Morango a três quadras de distância, em que existe um ambiente botecal tradicional muito melhor aproveitável (post anterior).

Eu não entendo como que este bar foi votado e eleito, visto que todas as fotos do maps são de um evento de festa infantil e não havia nenhum sinal de ter comida ou um ambiente agradável, mas deixo aqui registrado o risco da escolha de um bar sem nenhuma referência – no mínimo, perde-se o tempo da visita. Como último trecho anedótico, na mesa do lado da nossa o tiozinho estava decapando um pedaço de fio com uma faca de serrinha, eu achei que era fumo de corda que ele tava preparando. Tanaka perguntou o que era, e ele falou que estava consertando o ventilador do salão principal – e cortando o fio com cuidado, porque segundo ele “tem que fazer bem-feito para ter que fazer só uma vez”. Resume bem um processo de escolha de boteco para visitar.

Fumo de corda

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

#274 – BarNella – 30/01/2025

Presentes: Adriano, Bráulio, Cabeça, Cid, Pedro-san, Tanaka
Sugestão: Tanaka
Quando lá, comer: Alcatra na chapa

O BarNella fica no Boa Vista, lá pras banda mais do fundo, desembocando pro Santa Cândida e Tingui (jamais confundir com o Parque Tingui que não fica no Tingui, é bem longe). A referência pra chegar lá é a rápida do Cabral sentido Atuba, vai embora até ter o descidão do lado do Big e o subidão perto do Parque Bacacheri. No topo do subidão tem a rua da cidadania do lado esquerdo né? Passando ela, terceira à direita, segunda à esquerda, fica na segunda quadra do lado direito. A rua é Macapá (não confundir com a capital do Amapá, é bem longe). O vermeio chega lá perto, estação tubo Joaquim Nabuco.

O botequinho de bairro

O BarNella é um boteco familiar caprichadinho. São bem poucas mesas, o suficiente pra não estressar os donos e acomodar os nativos locais que aparecem em família. Não tem assim muito espaço pra fazer uma decoração, mas botaram umas placas de birita, umas fotos de Kombi, uns temas de roque, bom gosto. Tem um salão principal em que cabem uma meia dúzia de mesas, mais um salão interno sob monitoramento divino que cabem mais umas quatro. Do lado de fora cabem mais mesas, caso o tempo colabore, e as mesas ficam ali disponíveis no canto pros clientes que quiserem expandir a zona de atuação do bar. A música é boa, gostam dum roque que sai a volumes saudáveis de uma TV na parede. Fato muito interessante é que indo no banheiro no canto do bar, a janela do banheiro dá pro vizinho e ele também toca roque um tanto mais alto, então a trilha sonora do banheiro é diferente do bar e permanece boa. Dona Iara nos atende nas mesas, e acho que o sr marido dela fica atrás do balcão mas esta informação eu não confirmei. O atendimento é bem informal e no estilo interior, agradável. A comida não chega a demorar demais.

Esse é o salão principal. Não tem tanto espaço assim pra tirar foto
JC na parede enxerga isso aí no salãozinho do lado
Achei que ficou pouca foto do salão principal, ó outra
Cardáps, página 1
Página 2
E página 3

O cardápio é bem variado com hambúrgueres e porções, e tem muita coisa ali que é bem atraente... o que significa que a maioria é fritura e desgraça para o fígado. Como resistir? Eu tinha que sair um pouco antes, então eu pedi um burguer porque a galera tava me enrolando, escolhi o burguer de pimenta. Bem bom se você come dedo de moça direto do pote, o negócio arde mais na saída que na entrada. Morri um pouco por dentro quando soube que não havia o croquete de cupim, claramente a coisa mais chamativa do cardápio. Mas aí pediram alcatra acebolada, esta estava muito boa e macia, altamente recomendado. O Chicken crisps sei que lá é bem bom, mas gorduroso para cacete. Pegaram frango a passarinho, calabresa que veio bem bem fininha e quase gerou conflitos, mas eram coisas boas. Para beber, nada muito chique, mas marcas de boa qualidade. Rolaram várias caipirinhas e cervejas convencionais, mais umas batidas que o Cabeça gosta. Preço num valor saudável, paga-se sem dores.

Cabeça gosta de tirar selfie, vou deixar essa aqui. Mas não tava eu nem Bráulio

Olha, o grande pobrema ali pra mim e pra alguns é a distância, mas é um botequinho gostoso e acolhedor. Se você for solo, certamente achará alguém pra levar um papo sobre nada importante, ali no balcão tem umas cadeiras altas e as taças de chopp penduradas acima do balcão chamam você a tomar providências. O pessoal é muito gente boa, voltemeia vem dar um oi, atendimento fácil de chamar. Apesar de eu ter saído cedo, tenho certeza que a turma ficou bem de boa, e saíram tarde com confraternizações ainda rolando no interior do recinto. Ah, só falei coisa boa, aí vai uma coisa ruim: o Bráulio teve uns revertério meio feio depois da botecada, sofreu da noite ao dia seguinte. Porém ao perguntar para os coleguinhas qual tinha sido a experiência deles, ninguém sofreu do mesmo mal. Ou ele comeu coisa errada no almoço, ou o corpo não estava preparado para todo o óleo consumido. O que importa é (o fígado) olhar pra frente e seguir adiante, ao próximo bar.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

#273 – Bird Snooker Bar – 16/01/2025

Presentes: Adolfo, Adriano, Bráulio, Cabeça, Pedro-san, Tanaka
Sugestão: Cabeça
Quando lá, comer: bolinho de carne

O Bird Snooker Bar fica no Bigorrilho (ou Champanhá, pra tu que viveu os oitentas na província), na Alameda Princesa Izabel, logo antes da Igreja dos Passarinhos, do lado direito. Pra quem não é da área ou não se liga em igrejas, é quase na esquina da Bruno Filgueira, que tem uma estação tubo de mesmo nome que dá pra ir a pé.

Ali atrás do ponto de ônibus

Quem é mais das antigas ou quem tem sorte de ter presenciado a lenda do Bar dos Passarinhos, não, não dá pra dizer que esse é um sucessor espiritual – tanto o endereço mudou duas casas pro lado, quanto o estilo do bar é bem diferente. O Bar dos Passarinhos original ficava num salão menor do que o atual (“salinho”), e o dono tinha habilidades diferenciadas para produzir pratos de frutos do mar para velhos brancos, carecas e enrugados de alto escalão. Este mesmo dono fechou o bar em 2013 e reabriu em 2016 num buraco escondido do lado do Museu Paranaense, depois refechou em 2019, infelizmente, com sua partida do mundo físico não astral.

Enfim, focando no bar atual, este abriu por volta de outubro de 2024, no lugar de uma oficina atrás dum ponto de ônibus no endereço comentado anteriormente. Não está claro se quis embarcar na onda do bar da lenda com este nome, mas é perto da Igreja dos Passarinhos, e assim a humanidade continua seus passos. O ambiente tem toda uma temática de jogo. Cartas de ás de espadas aos montes fazem a decoração superior do recinto, tal como um ambiente com guarda-chuvas pretos vermelhos. O ambiente conta com três mesas de sinuca que quase sempre estavam em uso, naquela noite. Ao lado delas também algumas mesas pequenas para o pessoal que está junto, porém não está jogando, possa deixar o copo e falar mal dos amigos que tiverem falta de habilidade com o taco. O boteco é tocado “quase que totalmente” pelo casal dono do boteco, segundo o Cabeça, então o atendimento é demorado, mas isso é compensado pela simpatia dos donos.

De frente, cartas
De fundo, sombrinhas
O pessoal no limite da reforma
As porções
Bebes 1
Bebes 2

De comes, frituras não excepcionais, mas de boa qualidade. Foram pedidos batata com bacon, dadinho de tapioca (bom), frangos ao bird (passarinho), iscas de peixe, mandioca com bacon, empadão de frango (bom e pela primeira vez pedido em um boteco). Mas o preferido foi a porção de bolinho de carne, com direito a repetição. De bebes, as cervejas convencionais habituais, mas também oferecem chopp da Maniacs. A caipirinha é boa, diferente por ser de limão siciliano ao invés do taiti. Alguma variedade de biritas de boteco. O preço é um tanto salgado, talvez pela localização, mas o benefício acaba sendo compensador.

Esses aí, um coro bom, um clima bom

A tchurma ficou em uma mesa que fica depois das mesas de snooker, em uma transição para um ambiente que ainda está em reforma e que provavelmente vai ter mais uma mesa. É lá para trás que fica a cozinha também. Beberam ao som de um mix de samba e outras brasileiras, que não ficou claro se foi escolha do pessoal das outras mesas no jukebox. Mas depois mudou o rumo para rocks clássicos e pops conhecidos dos millenials (anos 90 à toda), e houve prazer. Apesar das mesas estarem sempre ocupadas, a fila foi andando e toda a turma teve oportunidade de demonstrar sua inaptidão na sinuca, desta vez o Adriano tendo os melhores resultados, parabéns.

Um botequinho top, fiquei passando vontade, mas um dia eu vou. O Cabeça que teve a bondade de oferecer todo o relato do evento, agradeço a costumeira firmeza.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

#272 – Brothers Bar e Petiscaria – 02/01/2025

Presentes: Adolfo, Adriano, Cabeça, Cid
Terceiro melhor boteco de 2024
Post anterior (com cardáps e outras informações)

Brothers Bar e Petiscaria... nosso conhecido como “Brothers 2”, visto que o Brothers 1 Distribuidora de Bebidas sempre perde na votação. Este que fica lá pras banda do Uberaba, Umbará, Ubatuba, ir de Uber. Aquele perto da ponte estaiada.

No escurinho do Uberaba...

Assim como em 2015, 2022 e 2024, férias coletivas no melhor boteco do ano. Mas este é um novo caso, pois tanto o primeiro quanto o segundo lugares do ranking estiveram indisponíveis. Então fomos no terceiro, até para que este marquetim gratuito recompense a boa vontade dos donos de abrir o boteco no dia 02 de um novo ano.

Fora. Climão!
Dentro. Climão!
Climão!

O grande quesito deste bar que o propelou às alturas da nossa classificação foi a botecalidade. Os comes são muito simples, realmente só as frituras que você espera num botecão; as biritas têm uma variedade interessante, mas o nível de qualidade é abaixo do popular. Mas com certeza somos muito bem tratados, e o climão de boteco reina. Só o fato de estar no estabelecimento já livra a cabeça dos problemas, mas se você não consegue desanuviar mesmo assim, temos sinuca, temos pebolim, fliperama com 5 mil jogos sei que lá, o kart na parede, o macaco em cima da geladeira, o cachorro caramelo cara de pau. De repente não dá pra pedir pra dormir lá, jantar todo dia e ainda pagar mais barato que um aluguel no centro?

Olha a satisfação das crianças...

Este relato não tem todos os detalhes da análise feita no post anterior (com cardáps e outras informações), então a recomendação é clicar ali em cima ou aqui e ver esses detalhes. O contato com o dono solicitando a disponibilidade no primeiro dia “útil” do ano e o posterior agradecimento à nossa presença já demonstra como os visitantes do estabelecimento são bem-vindos. E isto é comprovado pelo fato de, mesmo no dia 02 de janeiro, os nativos estarem firmes e fortes no bar até altas horas, e novamente não sermos o último grupo a deixar o bar após a meia noite. Jogamos sinuca desta vez, dá uma adrenalina. Paga-se de forma camarada e fica-se à vontade até demais. Selo de aprovação mais que merecido, tão de parabéns.

domingo, 29 de dezembro de 2024

#271 – Boteco do Hauer – 19/12/2024

Presentes: Adolfo, Bráulio, Cabeça, Cid, Pedro-san, Tanaka, Tony
Sugestão: Pedro-san
Quando lá, comer: o frango tava bom

Hauer é o cacete, o Boteco do Hauer fica no Boqueirão. Bom. A Paulo Setúbal que é o endereço real do bar fica no Boqueirão, mas é a divisa, dobrando a esquina já é Hauer. Além disso, “Boteco do Boqueirão” daria uma impressão completamente errada da localização do recinto, porque afinal o coração do Boqueirão é além do quartel pelo menos, então o braço tem de ser dado a torcer. Enfim, deixando a problemática da nomenclatura de lado, o lugar fica na Paulo Setúbal como já dito, que é uma das veias principais (ou artérias principais?) que interliga o Boqueirão aos demais pontos cardeais do universo, uma rua paralela à Barcelos. Um dos caminhos que pode ser tomado como referência é vir pela Marechal Floriano, e passando a passarela do Hauer que é logo depois do terminal do Hauer ali do lado da saudosa churrascaria Apollo, você vira a próxima à direita. OK, ali é bem Hauer mesmo. Só que aí você vai meio longe, tipo 9 quadras, e vira à direita na Paulo Setúbal, e o boteco é logo do lado direito antes da travessia elevada. Tu pode descer no Terminal do Hauer e dar uma pernada meio comprida até lá, mas a hora que terminar de beber à noite é capaz de você se perder no caminho de volta pro terminal, por mais que seja uma linha reta.

Nesse meio predinho aí

O Boteco do Hauer era um bar bem escondidão, que recentemente botou uma placa dizendo que existe, aí pessoas não nativas começaram a perceber que o lugar existe mesmo. O lugar tá terminando umas reformas, aí eu perguntei pra dona flor (sim, esse é o nome dela, e ela é a dona) se o lugar tinha aberto fazia pouco tempo, e ela falou que não. Enfim, tavam ajeitando umas mesas, e naquela mesma noite instalaram o telão, tragédia. Em relação ao ambiente, tem um espaço simpático do lado de fora, com mesas pretas de prástico e guarda-sóis, que também é tipo uma calçada pra estacionar que confunde com os lugares pra estacionar do prédio vizinho que na verdade é o segundo andar do bar (mas é residencial). Evidente que é o melhor lugar pra ficar, a não ser que chova, que é o que realmente aconteceu naquela noite. Lá pra dentro tem um salão único, em que há mesas de madeira, mesas em tambores desconfortáveis, e uma mesa de sinuca – contando com as mesas de prástico do lado de fora, uma grande variedade de mesas no estabelecimento. Não tem muita decoração assim, fora as inúmeras tomadas ao redor da mesa de sinuca, mas a iluminação é bem ajeitadinha e agradável. Tem uma puta JBL com possibilidade de som alto, mas pedimos pra reduzir pra podermos bater papo e atenderam, músicas velhas de tudo que é jeito, foi divertido. A dona flor é bem simpática, atende bem, mas acho que ela faz tipo tudo no bar, aí a comida pode dar uma demorada dependendo do movimento. Mas algo que é muito válido é que é tudo muito limpinho, o boteco gerido por uma pessoa só mais limpo que já fomos.

Lá fora
Lá dentro, estréia do telão
O balcão de bar, escolha sua birita
O cardápio

Visto que a dona flor é a única gerando trabalho no estabelecimento fora o peão que tava fazendo a reforma (de repente ele é parente também, mas não guardei a informação), a variedade do cardápio é bem reduzida, envolvendo apenas uns congelados pré-prontos pra fritura. Não é necessariamente ruim, mas não tem nada de especial. Pedimos todas as porções da tabela da parede, fora o salame, tudo ok – o frango a passarinho achei bom, mas nada de mais. Fritas, polenta, bolinho de carne, calabresa. Tinha salgadinhos e espetinho de ovo de codorna no balcão, ficou faltando mesmo é o rolmops. De bebidas, cervejas convencionais e uma variedade meio reduzida de biritas de boteco, mas se tu pedir pra dona flor fazer uma caipirinha ela faz. A maioria das biritas da foto do balcão tem uma versão gelada num freezer sob o balcão, o que é um toque legal. Ademais, tinha uma garrafa de cachaça São Francisco pra elevar a qualidade dos álcoois fornecidos. O preço é legal, corresponde à simplicidade do cardápio.

Essa é a galera

Esse evento foi cheio de eventos... Começamos sentando lá fora e recepcionando todos nossos queridos integrantes, fomos consumindo frituras e álcool, aí começou a chover. Inicialmente ignoramos, mas aí ficou forte, aí nos recolhemos para a maior mesa do lado de dentro (não a de sinuca, mas consumimos sinuca também). Aí virou tempestade, mesas e guarda-sóis voando, caiu a luz duas vezes e o cacete, rendeu risadas. A hora que parou a tempestade de verão, fomos lá fora para o X amigo secreto da confraria, que deu a impressão de ser menor que o esperado, apesar do Adriano participar remotamente e o Flávio estar conosco. A galera seguiu bebendo, umas discussões exaltaram ânimos, tivemos treta, quase uma história completa de bar de interior. Apesar de tudo, foi um grande evento, o boteco não é muito marcante mas o clima é bem brasileirão.

Não pode faltar a montagem deplorável... Tanaca e Adriano se pegaram. Pedro-san e Adolfo se pegaram. Flávio pegou Cabeça pegou Bráulio pegou Cid pegou Flávio. Se mais uma dupla se pegasse, todo mundo se pegava, um dia acontecerá