Sugestão: Pedro-san
Quando lá, comer: o frango tava bom
Hauer é o cacete, o Boteco do Hauer fica no Boqueirão. Bom. A Paulo Setúbal que é o endereço real do bar fica no Boqueirão, mas é a divisa, dobrando a esquina já é Hauer. Além disso, “Boteco do Boqueirão” daria uma impressão completamente errada da localização do recinto, porque afinal o coração do Boqueirão é além do quartel pelo menos, então o braço tem de ser dado a torcer. Enfim, deixando a problemática da nomenclatura de lado, o lugar fica na Paulo Setúbal como já dito, que é uma das veias principais (ou artérias principais?) que interliga o Boqueirão aos demais pontos cardeais do universo, uma rua paralela à Barcelos. Um dos caminhos que pode ser tomado como referência é vir pela Marechal Floriano, e passando a passarela do Hauer que é logo depois do terminal do Hauer ali do lado da saudosa churrascaria Apollo, você vira a próxima à direita. OK, ali é bem Hauer mesmo. Só que aí você vai meio longe, tipo 9 quadras, e vira à direita na Paulo Setúbal, e o boteco é logo do lado direito antes da travessia elevada. Tu pode descer no Terminal do Hauer e dar uma pernada meio comprida até lá, mas a hora que terminar de beber à noite é capaz de você se perder no caminho de volta pro terminal, por mais que seja uma linha reta.
Nesse meio predinho aí
O Boteco do Hauer era um bar bem escondidão, que recentemente botou uma placa dizendo que existe, aí pessoas não nativas começaram a perceber que o lugar existe mesmo. O lugar tá terminando umas reformas, aí eu perguntei pra dona flor (sim, esse é o nome dela, e ela é a dona) se o lugar tinha aberto fazia pouco tempo, e ela falou que não. Enfim, tavam ajeitando umas mesas, e naquela mesma noite instalaram o telão, tragédia. Em relação ao ambiente, tem um espaço simpático do lado de fora, com mesas pretas de prástico e guarda-sóis, que também é tipo uma calçada pra estacionar que confunde com os lugares pra estacionar do prédio vizinho que na verdade é o segundo andar do bar (mas é residencial). Evidente que é o melhor lugar pra ficar, a não ser que chova, que é o que realmente aconteceu naquela noite. Lá pra dentro tem um salão único, em que há mesas de madeira, mesas em tambores desconfortáveis, e uma mesa de sinuca – contando com as mesas de prástico do lado de fora, uma grande variedade de mesas no estabelecimento. Não tem muita decoração assim, fora as inúmeras tomadas ao redor da mesa de sinuca, mas a iluminação é bem ajeitadinha e agradável. Tem uma puta JBL com possibilidade de som alto, mas pedimos pra reduzir pra podermos bater papo e atenderam, músicas velhas de tudo que é jeito, foi divertido. A dona flor é bem simpática, atende bem, mas acho que ela faz tipo tudo no bar, aí a comida pode dar uma demorada dependendo do movimento. Mas algo que é muito válido é que é tudo muito limpinho, o boteco gerido por uma pessoa só mais limpo que já fomos.
Lá fora
Lá dentro, estréia do telão
O balcão de bar, escolha sua birita
O cardápio
Visto que a dona flor é a única gerando trabalho no estabelecimento fora o peão que tava fazendo a reforma (de repente ele é parente também, mas não guardei a informação), a variedade do cardápio é bem reduzida, envolvendo apenas uns congelados pré-prontos pra fritura. Não é necessariamente ruim, mas não tem nada de especial. Pedimos todas as porções da tabela da parede, fora o salame, tudo ok – o frango a passarinho achei bom, mas nada de mais. Fritas, polenta, bolinho de carne, calabresa. Tinha salgadinhos e espetinho de ovo de codorna no balcão, ficou faltando mesmo é o rolmops. De bebidas, cervejas convencionais e uma variedade meio reduzida de biritas de boteco, mas se tu pedir pra dona flor fazer uma caipirinha ela faz. A maioria das biritas da foto do balcão tem uma versão gelada num freezer sob o balcão, o que é um toque legal. Ademais, tinha uma garrafa de cachaça São Francisco pra elevar a qualidade dos álcoois fornecidos. O preço é legal, corresponde à simplicidade do cardápio.
Essa é a galera
Esse evento foi cheio de eventos... Começamos sentando lá fora e recepcionando todos nossos queridos integrantes, fomos consumindo frituras e álcool, aí começou a chover. Inicialmente ignoramos, mas aí ficou forte, aí nos recolhemos para a maior mesa do lado de dentro (não a de sinuca, mas consumimos sinuca também). Aí virou tempestade, mesas e guarda-sóis voando, caiu a luz duas vezes e o cacete, rendeu risadas. A hora que parou a tempestade de verão, fomos lá fora para o X amigo secreto da confraria, que deu a impressão de ser menor que o esperado, apesar do Adriano participar remotamente e o Flávio estar conosco. A galera seguiu bebendo, umas discussões exaltaram ânimos, tivemos treta, quase uma história completa de bar de interior. Apesar de tudo, foi um grande evento, o boteco não é muito marcante mas o clima é bem brasileirão.
Não pode faltar a montagem deplorável... Tanaca e Adriano se pegaram. Pedro-san e Adolfo se pegaram. Flávio pegou Cabeça pegou Bráulio pegou Cid pegou Flávio. Se mais uma dupla se pegasse, todo mundo se pegava, um dia acontecerá
Mas que pegação! gostei do letreiro do cardápio, old school!
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