sábado, 29 de junho de 2024

#258 – Machu Picchu – 20/06/2024

Presentes: Adolfo, Cabeça, Cid, Hiã, Tanaka
Sugestão: Hiã
Quando lá, comer: o que o choco disser que tem

O Macchu Picchu é um botecão na esquina da Tibagi com a Comendador Macedo, centrão das antiga. Raiz mesmo é se você descer no Guadalupe e ir ali tomar uma, porque é bem perto. Enfim, Tibagi né, tem que saber qual rua é, a que liga o Passeio Público / Teatro Guaíra à rodoviária, e bem a meio caminho dá pra ver o boteco no lado esquerdo ali. Bom, centro é centro, ali dá pra ir de prateado do Boqueirão e descer no centro cívico, ou ir de vermeio e descer na Mariano Torres, ou o Guadalupe, tudo nos arredores, viva o centro. Se você é refinado e vai pegar o Uber, lembre de procurar por Bar Machu Picchu e não só Machu Picchu, senão tu vai parar no Peru (ui).

Portinha suspeita no centro da cidade

E o nome do Machu Picchu é por causa do Peru (ui) mesmo hein? O dono do recinto é o Choco, e é peruano no sotaque mas parece que veio do interior do Paranã. O Choco cuida sozinho do botecão do centro, que ainda bem que é pequeno senão ele não dava conta. Aliás, não dá conta mesmo, porque ali pelas 21h dá uma bombada feia no bar, um véio xavecando uma moça, uma senhora que parece catadora de recicláveis, o carteiro dos correios, o povão ocupa o bar sem piedade e o Choco tem que ouvir de todo mundo, cuidar da cozinha, da birita e das contas. O boteco tem um salão só, e não tem muito cuidado não, quem precisa de decoração se a intenção é só tomar uma Skol e ver futebol? Tem sim uns cartazes de cerveja espalhados, umas paredes que precisa pintar, umas barreiras de caixas de cerveja, banheiro com placa de “sem água”, estufa de salgados duvidosa, raizêra mesmo. Mas olha os cuidados com a higiene: o banheiro tem água e sabonete apesar do cartaz (papel pra secar a mão não, mas aí tá exagerando também né), e a estufa só guarda os doces que claramente não tiveram espaço no resto do balcão pra armazenamento. Tudo bem que não vimos o Choco lavar a mão durante a noite, mas talvez tenha sido falta de atenção. O Choco é só ele sozinho mesmo, então não dá pra reclamar que a comida dá uma demorada, mas a bebida ele serve na hora.

Olha a visão geral do bar. É isso
Outro ponto de vista, com amostragens da fauna local
Avisos importantes à comunidade, com a foto do Choco
Olha ele ali, desempenhando na cozinha
Cardápio de comes, com facilidade de trocar preços
Esse deveria ser cópia do anterior, mas entendo que é menos válido
Uma lista pra quem não quiser abrir a geladeira pra ver o que tem
As garrafa lá de cima não dá pra alcançar, procure em cima da geladeira o que quiser

De comer, tem umas porções de frituras, batata frita, calabresa, frango passarinha, quibe, mais uns X-tudão de centro. A questão é que se o Choco tá muito atarefado, ele vai dizer que não tem a porção, e o sotaque peruano passa a impressão que ele não entendeu ou não quer entender, mas ele tá ligado sim. Deixa passar um tempo, sossegar um pouco, e pede a porção de novo, pode ser que tenha. Infelizmente não funcionou pra calabresa, que a porção não tinha umas duas vezes mas na hora que pedimos X-tudo pra galera veio com calabresa. Enfim, a porção de frango a passarinho tava carnuda, boa, e a batata tava quente, boa. O quibe tava bem ruinzinho, e pra pedir o X-tudo, garanta que você está em boa forma física para digestão. A tábua de frios vem temperada com limão pra disfarçar alguma coisa, tava bom mas muito mais caro que o resto, isso que os frios já tão prontos e só precisa espremer o limão. De bebida, obviamente só as cervejas clássicas e destiladões de boteco, mas tem coca litro de vidro, olhe que top. No fim eu esperava que fosse mais barato, mas eu boto a culpa na inflação.

A turma aê, jogada num canto
Obrigação postar essa selfie do Cabeça com o Choco e um caboco aleatório

Esse é um botecão que o negócio é ir com expectativa baixa, porque você vai tar apertado e desconfortável na muvuca, e às vezes vai demorar pra ser atendido, mas sendo esportivo você dá bastante risada. Aquele astral de botecão do interior, a galera só não cumprimenta todo mundo porque a rotatividade parece alta e boa parte dos transeuntes são... transeuntes mesmo, não nativos. A gente ia pedindo as comidas pro Choco quando percebia que ele tava um pouco mais sossegado, dava dó de pedir na vazão que costumamos, mas o Cabeça não queria nem saber e pedia pra ele fazer caipirinha no meio da muvuca mesmo. O Choco anota as comidas secretamente sem a gente perceber, e a gente ficou conjeturando se ele decorava tudo os pedidos das mesas, e a resposta é não. Mesmo assim, nossos cascos de bera ficaram concentrados em determinada parte do balcão, o que ajudou a confirmar a quantidade consumida ao final da noite. Quer dizer, “final” não garanto, porque quando saímos ainda tinha uns peão lá bebendo, e outros dormindo, quando a gente deu risada o caboco acordou e veio falar umas conversa sem sentido tentar fingir que não tava dormindo, só passou vergonhêra. O Choco fez as contas no papel, método raiz, e confirmadas as quantias devidas, vazamos e foi isso. Botequêra rutêza, evento clássico tradicional brazuca.

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