Sugestão: Cid
Quando lá, comer: bolinho de pepperoni
O OZ 70 fica em região nobre da cidade, o Ahú. Ali, Cabral, Juvevê, Ahú, tudo se confunde, aquela região perto do museu do Olho. O nome da rua é Francisco de Paula Guimarães, e pra chegar lá a rua mais referencial que tem ali é a Alberto Folloni, aquela que corre o topo do morro e desce pros dois lados chegando ao museu do Olho de um lado e a canaleta do expresso do outro lado. Indo pela Alberto Folloni, da esquina do Muffato você conta 3 ruas e vira à direita, e o boteco estará logo ali do lado esquerdo – se você chegar num posto Ipiranga na Alberto Folloni você passou onde tinha que virar. Mas isso aqui não é Sum Paulo, então é só virar a próxima à direita e à direita de novo que você volta – leve isso pra vida, se você tiver na pista da esquerda e inventar de virar à direita de repente, não seja egoísta de cruzar a avenida toda parando os outros carros pra virar já, siga reto com segurança e vire à direita quando puder, aí volta o que precisar. Enfim, lição de moral à parte, até que é fácil ir de busão ali, dá pra descer do vermeião na estação tubo Moisés Marcondes e andar algumas quadras na região que é bem tranquilo, ou pegar o prateado e descer no olho.
Em meio às arvoros
O OZ 70 na real era um botecão já nas antigas, mas muito mais estilo de véio, só pros nativos do bairro, uma venda de birita só, e fechou durante a pandemia como todos os lugares do planeta. Não conversei com ninguém ali pra saber as história, mas tem uma morena gatinha que porta-se como a dona do lugar (pena que fuma), quem sabe tenha comprado o bar dos donos véios anteriores ou talvez herdado o lugar, resolveu botar ordem na bagaça e fez um boteco bem caprichado. O cruzamento das ruas arborizadas do interior do Ahú é um ambiente excelente para uma botecada num dia de calor, no deque externo do boteco. Se tiver frio ou ventoso já é mais chato, mas tem um espaço interno agradável, mesmo sendo um pouco menor. No ambiente interno as paredes são de tijolinho moderno pra disfarçar a barateza, e isso é prova de como a iluminação é importante, mesmo não tendo nada de mais na decoração do lugar é mó bom de ficar ali dentro. Mas a gente ficou do lado de fora, tomamo um ventinho chato e o Hiã passou frio e se enrolou na bandeira, enquanto demais estavam corretamente agasalhados de leve. Enfim, os atendentes são atenciosos mas às vezes não prestam atenção que a gente tá precisando de atenção do lado de fora, mas tudo bem. A birita vem rapidão, a comida demora um tanto, mas depende da comida solicitada.
Lá dentro (ignorem o cara de camisa roxa)
Lá fora. Esqueci de tirar a foto no começo. Imaginem mesas de madeira espalhadas
Comes
Bebes
Só ofereceram este cardápio no final. Se não vier, peçam
OK, a comida do boteco é bastante top. Pelo que a moça atendente falou, o cardápio tinha acabado de ser atualizado com porções novas, e é claro que pedimos o que tinha de mais diferente – algumas das porções era a primeira vez que estavam fazendo no bar, que honra. O top das galáxias foi o bolinho de pepperoni, que é lotado de cheddar, gorduroso delícia. Pedimos o camarão grelhado, vem mergulhado num óleo temperado e contém pedaços de palmito refogado, bastante bom. A alcatra na chapa fez sucesso com os caras mas não comigo, não achei nada de mais, mas a carne estava boa sim. A tilápia fez sucesso comigo mas não com os caras, acho que eles estavam na expectativa de uma porção mais gordurenta e veio sequinho, mas ainda macio, recomendo. O bolinho de siri tava ruinzinho, uma massa meia boca, seria legal se concentrassem o siri no meio do bolinho em vez de misturar na massa. Gostaria que tivesse mais gente para pedirmos mais porções, mas foi o que deu. A seleção de bebidas engarrafadas é OK, várias formas de cerveja convencional e poucas biritas de boteco, mas a seleção de drinks é bem interessante e usa ingredientes de boa qualidade. Comemos camarão, siri, drinks de boa qualidade, é óbvio que saiu caro, mas não fico triste de pagar por qualidade.
Ó a selfie do Cabeça
Bastantes ausências aqui neste boteco, alguns faltam para ajudar as vítimas do RS, outras são vítimas de óbitos familiares, e tem os que faltam sem justificativa, aqueles que devem ser zoados na mesa e a posteriori. De qualquer forma, os que se apresentam no direito semanal à desforra aproveitam o que a botecância tem de melhor, bates papos, comes e bebes. O pessoal tava meio de mau humor, sei lá, energias ou o ventinho chato, mas a conversa na mesa era única e concisa, como uma roda de discussão de pesquisa e desenvolvimento, não como o programa Roda Viva entrevistando político (sei lá se ainda é gritaria como eu lembro que era). O boteco fecha cedo, 21h30 já tão passando dizendo pra pedir as últimas coisas que a cozinha vai fechar, mas não impedem se você for ficando. O pessoal torceu o nariz de sair cedo, mas não foi a última mesa a ser abandonada (foi a penúltima), e no fundo todo mundo é véio e fica feliz de ir dormir. Cheguem cedo e aproveitem ao máximo a fina boteconomia.
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