terça-feira, 24 de outubro de 2023

#240 – 14 Bis – 12/10/2023

Presentes: Adolfo, Bráulio, Cabeça, Cid, Tony
Sugestão: Cid
Quando lá, comer: pastel?

14 Bis é um boteco simpático na Anita Garibaldi, bem na altura do Parque São Lourenço. É meio que isso a descrição de como chegar, ali eu não vejo muitos pontos de referência assim. Só pegar a Anita Garibaldi lá partindo do Cabral, ou mesmo ir pela Mateus Leme e virar à direita logo ao lado do Parque São Lourenço e subir até a Anita, ou mesmo ir de bicicleta que ali tem ciclovia bem do lado. Andar de bicicleta bêbado dá multa?

Nóis e a Letícia na frente do bar dela

A história do lugar é que ele ficava no largo da ordem, no calçadão, na altura entre a igreja do rosário acho que era esse o nome e o memorial de Curitiba. Mas aí veio a pandemia, e bares ficaram sem receber, aí fechou... a dona Letícia trouxe o bar pra lugares mais baratos, buscando cativar os nativos do bairro. Mandei um zap pra ela pra garantir que o bar estivesse aberto no 12 de outubro, dia das crianças e boêmios perdidos, e ela confirmou... chegando ao bar ele estava fechado?? Aí bati palma como no interior e ela saiu, falou que o bar tava fechado porque não tinha cerveja... que comam brioches, como dizem os cultos, falei que a gente tomava caipirinha de boa e ela abriu o bar pra nós. Lá dentro tinha um grupo de amigos dela, que lá estavam desde as 14h, talvez ela não tivesse esperança que houvesse clientes apesar do meu zap... mas pelo menos geramos renda para o local.

Quando você entra... balcão de polaco
Área principal
Ali fora também agradável, mesmo com frio

Olhando as fotos do 14 Bis ali no São Lourenço e as fotos do bar antigo no calçadão do largo, é impossível notar a diferença. Bom, tem diferença sim, mas a cor da fachada e a placa são os mesmos, então um homem diria que não tem diferença porque não presta atenção nessas coisas. Do lado de dentro, mesas de madeira, iluminação agradável e decoração de boteco caprichadinho, aqueles quadros americanos padrão anos 30 e umas fotos velhas de 14 bis barão vermelho ou sei que lá, mais as paredes de casa de madeira dando um charme. Naquele dia só estava a dona Letícia dando conta da mesa dos amigos e da nossa mesa, mas os amigos também nos atenderam como bons amigos de bar de interior, e eles não comeram nada pelo que acompanhamos. Desta forma, assim que fazíamos o pedido em tom de voz de conversa normal, ela ia cozinhar para nosco, logo as coisas só demoravam o tempo de cozimento (ou fritação) mesmo. Me desculpei falando que ela tinha que interromper a festa cos amigos pra atender a gente, mas ela falou que gostava porque gerava dinheiro, logo chegamos em acordo.

Comes
Bebes

Em relação à comida do lugar... não temos grandes comentários. Não tem nada assim especial porque é só uma pessoa fazendo tudo, então provavelmente tudo vem de sacos congelados fritos em sequência, mas não era ruim não, tava bom. Fritas, calabresa, frango a passarinho, pastel de queijo, matou a fome. Tomamos caipirinhas conforme previsto (em tamanhos cavalares, diga-se de passagem), e uma hora a Letícia veio e falou, vocês vão tomar bera? Que daí eu chamo o Zé – uma alusão ao famoso delivery, e assim ela fez, certamente para também atender a mesa de amigos dela. Não houve reclamação por nossa parte, naturalmente. Ao final da noite, preços numa média saudável do que estamos acostumados.

Olhe que lindo, a botecalidade capturada nessa foto
E nóis ali do lado

Esse nosso evento no 14 Bis foi bem divertido porque rolou uma identificação do grupo de confrades com o grupo de amigos da Letícia. Ela contou a história de que na localização antiga do bar, quando esvaziava o largo pelas 4 da manhã, ela terminava o expediente e saía pra tomar uma com os mesmos amigos que ali estavam... só que já tava tudo fechado, então eles iam no posto, aí ficavam perto de um latão de lixo verde onde apoiavam as beras... chamaram o grupo de confraria da lata verde, e se reuniam às 4 da manhã de domingo – inusitado pra cacete. No grupo deles, Hermeto Pascoal, um pessoal com um pouco mais de idade, diferenças de opinião política, botecalidade emanando forte. Foi passando a noite e o volume foi subindo, na nossa mesa caipirinhas, na mesa deles beras e garrafas de vinho esvaziando ao longo da batalha. No final todo mundo locão, precisava ver a Verinha discursando opiniões politizadas, todo mundo dando risada. Ficamos um pouquinho lá fora pro Bráulio fumar o charuto, e predamos parte das 5 doses de jeque coke de black label que ele inventou de pedir. Adriano também conseguiu uma brecha pra vir nos ver, muito bem aproveitada. Fomos embora meia noite e meia, num clima botecão espetacular.

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