Sugestão: Tony
Quando lá, comer: frango a Kiev
O Ukra fica no Água Verde, rua Pará na região dos estados, onde ao contrário do mapa do Brasil você não sabe onde ficam os estados. A rua Pará é paralela à Avenida dos Estados, e fica exatamente a meio caminho entre a Avenida dos Estados mesmo e a Kenny G. O Ukra é conjugado ao Clube Poltava, que deve ser ucraniano e eu não conheceria se não fosse o bar. Vindo da Avenida dos Estados, é na região do Eisbein e do Zapata, antigo Devassa, que você vira; vindo da Kenny G, na Unifacear e nas loja de carro. Vendo da rua é meio escondido, sei lá, use as tecnologias. O ponto mais perto do vermelhão é a estação Morretes.
Da rua é essa escuridão azul
Adentrando o portão, você vê os loco
O Ukra tem um ambiente caprichadinho, na verdade mais de um ambiente distinto. Na entrada você vê um ambiente externo, abertão, mesas agradáveis para o verão que parece que nunca aparece quando eu vou nesse bar. Logo ao lado, um parquinho pra largar as cria enquanto você bebe – e uma vantagem, tem uma boa distância da rua e ela ainda é tranquila, então mesmo os reflexos de alguém bêbado devem ser suficientes pra catar a criança que desembestar rumo ao perigo. Lá dentro, tem um ambiente de inverno e um ambiente de verão, e cada qual abre na sua estação enquanto o outro hiberna. O ambiente de inverno passa a ideia de ser mais aconchegante, e o de verão mais aberto, mas se você olhar a quantidade de pano e o chão de cerâmica, azulejo, qual que era o nome? Isso, porcelanato, o chão de porcelanato é o mesmo. Então deve ser só a iluminação que muda. Mas realmente o salão de verão é frio quando tem inverno no verão, e o salão de inverno estava quente nesta visita, que era inverno no inverno mesmo mas tem a mesma sensação de inverno no verão, só que tá aberto enquanto no verão ele fecha, entendeu? Ambiente agradável, nas paredes objetos típicos ucranianos, pano com vishivanka, balalaika, matroshka, eu não sei escrever nada disso mas sempre ouvi nas antiga. Pedem-se as coisas no balcão, e normalmente paga-se no balcão, mas em dias sossegados aceitam fazer comanda por mesa. Quem atende no balcão é o Portuga, não o Ucro, e ele é simpático. Comidas e bebidas demoram para o nosso padrão, seja com poucas ou muitas mesas ocupadas.
Lá fora, as mesas pra tomar sol no domingo à tarde
Salão de inverno
Salão de verão
Olhe que porção bonita... mas não tava boa não
A parte do cardápio que interessa... acesse o cardápio digital
Comida! O legal desse lugar é o comes e bebes. Dá pra ver tudo no cardápio digital (clique nesse texto cardápio digital com cor diferente). As porções de boteco não têm graça, apesar de bonitas na foto vide acima. Sei lá, falta tempero, coisas meio sem gosto, polenta sem conteúdo só a casquinha, costelinha de porco só gordura, e o peixe sofrível – mesmo o Pedro-san fã de peixe não gostou, gordurosão (falo do peixe – bom, talvez o Pedro-san também, no momento). Mas se você escolher os pratos ucranianos, aí fica legal. O frango a Kiev (escreve-se Kyiv) tem um molho amanteigado que não sei qual é... talvez manteiga? Com cogumelos, bom que dói, a galera quis repetir duas vezes apesar da dificuldade de catar com a mão. Varêneke que é perohé cozido (não peça pierogue senão me ofende mas o Portuga não tá nem aí), bem bom também. Eu gosto de holopti e borscht, mas não é adequado a uma sessão de botecagem com ogros, mas já comi neste estabelecimento e é bem bom. Sanduíches competentes também. Se concentre nessas coisas mais étnicas. A carta de drinks é bem completa, bastante coisa bem interessante, versões ucranianas de drinks russos servidas com esses nomes mesmo antes da “operação especial”, mas pode pedir com o nome original que o Portuga não liga, tomamos várias delas, enquanto parte do povo ficou na Original. Não sei como, o preço ficou bom, acho que a galera tava contida, mas eu até tomei mais do que de costume (sempre com Uber, rapazes).
Mesa grande pro grande besteirol
O ambiente do boteco tava muito agradável e ficamos bem à vontade, bebemos bem, falamos alto e espantamos pelo menos duas mesas que sentaram mais longe depois de sentarem perto da nossa mesa. Ah, talvez tenhamos comido menos porque as comidas demoravam a chegar, mas serviu como controle de despesas. O Hiã derramou bera no meu colo, mas acontece, a culpa é da gravidade – mas o ruim não é o gelado nas coxa em tempo já frio, mas a sensação desagradável de bera na palmilha do tênis. Tinha um dogue circulando no bar, não sei se é frequentador assíduo do bar mas espero que não tenha visitado a cozinha. Famílias e casais, uma babushka tomando borscht (literalmente mesmo, pano na cabeça e tudo!), lugar autêntico para encontros felizes. Ninguém teve coragem de sentar lá fora nesse frio, ainda bem. Se quiser levar a familiage nesse bar em vez da turma do boteco, também tá recomendado.
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