sábado, 3 de junho de 2023

#230 – Sambiquira – 25/05/2023

Presentes: Adolfo, Bráulio, Cabeça, Cid, Hiã, Pedro-san, Tanaka, Tony
Sugestão: Hiã
Quando lá, comer: manjubinha frita

O Sambiquira é muito bem localizado para um répi auer, fica bem meio que no centrão. A rua é Visconde do Rio Branco e a quadra é entre a Carlos de Carvalho e a Saldanha Marinho. Precisa dizer mais? Eu fui e voltei de busão e recomendo, a estação tubo é a Visconde de Nácar. Quem sabe vocês possam ir a pé da firma.

Decorando o centro da cidade...

Primeiramente eu gostaria de destacar que esta avaliação não tem nenhum viés político de nenhuma forma. A minha única fonte de informação anterior à visita ao lugar foram os reviews do Google Maps, em que o bar está com uma nota bastante aquém da média que costumamos ver por aí. Quando você vai ver no detalhe, a maioria das pessoas xinga o preço, mas tem os infelizes que dão nota ruim falando que nunca foram, chamam o dono (que parece ser um cara importante) de comunista capitalista salafrário, aí é injusto. Tem que usar a ferramenta da forma correta exclusivamente pra ajudar quem quer visitar o lugar, se quiser barraco xinga no insta, sei lá. Mas enfim, esse não é o foco, vamo lá.

Vendo de frente, dá pra entrar pela janela
Lá pra dentro dá pra ver o bar. E é isso

O Sambiquira foi recentemente aberto e chamou bastante atenção no período inicial, tanto que a gente teve que esperar um tempo pra parar de ter fila e ver qualé. Coisa de curitibano. A ideia do bar, pelo que parece, é ter um astral de boteco mas pra pessoas abastadas. Toca um samba de fundo mas é agradável e baixinho. A decoração é simples mas a iluminação e as mesas são caprichadas. Tem um jeitão meio arquitetônico, mas sabem que alguns elementos básicos de boteco são parede de azulejo (tem uma), cardápios em painéis com as letrinhas amarelas de prástico, garçons feios e mal-humorados. Só que é tipo um barzinho, sei lá, ou deveria dizer boteco artificial? Enfim, o atendimento é meio estranho. Sem querer ser preconceituoso, porque os garçons são praticamente todos estrangeiros, pelo menos os que nos atenderam... a garçonete colombiana é muito simpática e prestativa. Um dos venezuelanos não nos entendia direito, e outro parecia sempre emburrado. A comida vem logo, mas o lugar não estava especialmente cheio.

Petiscos, sim
Lista de cachaças e uns comes de leves
Uma ideia do tamanho das porções
Bela seleção

Pra comer... sim, comida de boteco. Não tinha nada assim muito memorável que marcasse o lugar, mas a qualidade era boa sim. Gostamos da manjubinha frita e do pastel de queijo, tipo um queijo temperado colonial assim, muito bons. Rolou um fish and chips certamente melhor que o britânico, anchovinhas no óleo que ali chamaram de... rollerfish, nunca vi chamar assim mas bem bom, escabeche de língua e torresmo OK, frango regular. Para tomar, a Original que o pessoal gosta, drinks e uma excelente variedade de cachaças. Então beleza, vocês sabem o que esperar. Agora a parte dolorosa... tá vendo os números do lado das porções no cardápio, entre parênteses? É o número de unidades que vem na porção. Então são dois pastéis de queijo de 10 x 10 cm por 25 reais, seis asinhas de frango por 27 reais, seis quadradinho de torresmo por 25 reais. O fish and chips vem dois pedacinho de peixe. Olhando as cachaças, uma dose custa 20% do preço da garrafa no mercado. Então assim... a qualidade é só OK, não precisa abusar né. Duvido que os garçons recebam tão bem, então não precisava ser tão extorsivo. Só pagamos um preço equivalente na nossa história no Moto Steak, e lá a gente comeu churrasco de ancho da melhor qualidade. Essa parte do bar é o que acaba estragando tudo mesmo.

Guerreiros extorquidos

De qualquer forma, não nos limitamos e mandamos ver como de costume, boteco não é ambiente pra ficar se tolhendo (com responsabilidade, COM RESPONSABILIDADE!). Ficamos na mesa da frente e a turma que estava de costas pra rua ficava com cofre exposto, contribuindo para um clima botecal mais autêntico. A parte chata é que é Curitiba, então vem um ventinho gelado no rêgo. Passavam damas de gênero indefinido na rua com alguma frequência, acho que o local de trabalho delas era próximo. Clima meio tenso pelos problemas modernos da humanidade, ansiedade, depressão e uso excessivo de telefone celular e redes sociais. Um retrato da vida e da falência do modo de vida da sociedade moderna, tão difícil de evoluir. Bebemos bem e xingamos tudo, e mais uma rodada de encontros foi cumprida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário