Sugestão: Cid
Quando lá, comer: croquete de linguiça Blumenau
O “Um” Gastrobar fica no Bigorrilho, em uma região de concentrações recentes de novos bares, ali pelo cruzamento da Jerônimo Durski com o início da Princesa Izabel. Já fomos no Folks & Beer por ali, e já tem Porks, mais uma porção de bares ao redor do açougue da esquina. Este “Um” fica na mesma região, mas indo pela Jerônimo Durski, você vira à direita no posto Ipiranga da esquina da Princesa Izabel, o sentido menos intuitivo naquele ponto, e o bar tá ali do lado direito, onde antigamente era um restaurante árabe. É engraçado que ele acaba ficando escondido ali, mais porque os outros bares chamam tanto a atenção que ninguém pensa em virar à direita. Chegar ali é moleza também descendo do vermeio no Terminal Campina do Siqueira.
Ali do lado do posto
O nome do “Um” é “Um Bar Gastronomia”, mas é mais fácil falar Um Gastrobar. O lugar é um bar caprichadinho, com mesas rústicas de madeira, e compreende um telhadinho em cima de um deque que não é deque na frente, só a calçada, e um salão interno. E o salão interno é um salão mesmo, grande pra burro! Tem umas placas de carro de decoração, negócio simpático. Claro que lá fora é mais agradável, principalmente no calor, então ficamos lá. Eu não sei exatamente como funciona o bar, porque apesar de ter tantas mesas sempre que passei na frente estava vaziozão, e neste dia também estava. Toca um samba baixinho, só pra quebrar o silêncio da rua tranquila. Fomos atendidos pelo garção Marlon, que é muito prestativo e vinha rapidão quando gritávamos o nome dele. Outro que nos atendeu é o Álvaro, que parece o dono do lugar, em roupas mais casuais (se é que camisa de botão é casual, mas enfim). A comida demora um pouquinho pra vir, mas não chega a incomodar.
Lá fora, olha que climão
Lá dentro, o salão
Comes - sim, o censurado não tinha
Bebes
Como é um bar de gastronomia, espera-se que tenha comida diferenciada, e algumas coisas são diferenciadas mesmo. Pedimos a brusqueta, é meio estranha porque sua composição é principalmente cebola roxa e tomate, mas não é ruim não. A calabresa vem com cebola separadinha para os frescos. O torresmo é bom, mas não é de rolo que nem na foto. Iscas de tilápia deixaram a desejar, Pedro-san falou que era mais massa frita que peixe. O croquete de linguiça Blumenau era bem bom, sem contra-indicações. Pediram o tal camembert assado, esse rasgou elogios. Enfim, experiências gastronômicas existiram conforme proposta. Em relação às bebidas, há chopp Heineken, porém tomaram Patagônia porque são refinados. Mas preste atenção nos preços das bebidas, é um negócio muito estranho: Jim Beam a 16 pila e Aperol a 31 pila? Gim Tanqueray a 17 pila e Gim Tônica Tanqueray a 30 pila? Original a 16 pila e Patagônia a 18 pila? Nada faz muito sentido, pra nós que estamos acostumados a cardápios de boteco. Aplique seu julgamento e peça as biritas com preço que vale a pena, essa é a dica. Enfim, o preço deu uma machucada no final, como espera-se de um gastrobar.
Los botequieros
O ambiente ali fora estava muito agradável, e apesar dos bancos não encaixarem direito para uma mesa maior, a gente foi ficando por ali. A partir do quinto confrade, o Álvaro começou a aparecer com uma bandeja oferecendo várias doses de chazinho, uma pra cada um... o correto diminutivo seria “chacinha”. No sexto confrade, seis chacinhas. No sétimo confrade, sete chacinhas. Tava na cara que ele queria nos embebedar, mas somos mais espertos que isso. Mesmo assim, ficamos embebedados e pedimos bastante coisa, parece que o plano dele funcionou. No final, pagamos bem e nem reclamamos por isso, quem reclamaria por doses de graça? Só os nossos fígados se eles pudessem falar. Saímos tarde, não fechamos o boteco mas talvez sim, porque o deixamos vazio assim como o encontramos. Algumas mesas foram ocupadas no evento, mas foi efêmero como a vida. Resumo: coisa boa. Chegue lá, tome uma e bata um papo, à saúde do estilo botecônico.
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